No começo de fevereiro de 2010, o Rio de Janeiro foi palco de um grande encontro internacional de veleiros, intitulado “GRANDES VELEIROS RIO 2010 – VELAS SUDAMERICA”. Realizado pela Marinha do Brasil,
com patrocínio da LLX e apoio da Prefeitura Municipal do Rio de
Janeiro, o evento aconteceu no Píer da
Praça Mauá onde os veleiros ficaram atracados e abertos para visitação pública gratuita de 01 a 06 de fevereiro.
O evento “GRANDES VELEIROS RIO 2010 - VELAS SUDAMERICA
2010” faz parte das comemorações dos duzentos anos da criação das
Primeiras Juntas Nacionais de Governo, relativas aos povos hispânicos
da América Latina.
Na manhã do dia 07 de fevereiro, o Rio de Janeiro foi o ponto de largada da Regata Internacional “Bicentenario Velas Sudamérica 2010”.
Fui em direção ao platô do Costão do Pão de Açúcar ter uma visão
privilegiada do início da regata, onde existe um mirante panorâmico bem bacana antes de subir
em direção ao “totem" da face sul.
O primeiro a sair da Baía de Guanabara foi o Navio-Veleiro (NVe) “Cisne
Branco”, com sua silhueta inspirada na arquitetura dos clippers, antigos veleiros construídos em meados do século XIX.
Foi incorporado à Marinha do Brasil, às margens do Rio Tejo, em Portugal, na cerimônia oficial de largada da Regata Internacional Comemorativa aos 500 Anos do Descobrimento do Brasil. Este fato ocorreu em 9 de março de 2000, exatamente no mesmo dia e local em que Pedro Álvares Cabral partira com sua esquadra para aportar na Terra Brasilis, a 22 de abril de 1500.
Juntamente com os demais navios participantes da Regata
Internacional “Velas Sudamérica 2010”, o NVe “Cisne Branco” cruzou, no dia 24 de março de 2010, o Cabo Horn, ponto mais austral do continente americano.
Um pouco antes esteve atracado em Ushuaia (Argentina) no período de 20 a 23 de março, quando em seguida percorreu o Canal de Beagle (fronteira entre Argentina e Chile) e os Canais Chilenos, até Punta Arenas (Chile), onde chegou no dia 27.
Esta
foi a primeira vez que o NVe “Cisne Branco” passou por esse lendário ponto
extremo da América do Sul, conhecido como “Everest dos Velejadores”,
devido à dificuldade de alcançá-lo, dadas as rigorosas condições de mar
e vento, frequentes no local.
Libertad
Em seguida veio a fragata argentina Libertad que apesar das velas possui dois motores de 1200HP. Foi projetado e construído no Estaleiro Rio Santiago (Astilleros y Fabricas Navales del Estado) em Buenos Aires em 1962.